Últimas opiniões enviadas
-
Não conheço nada do conto, mas é inegável que "Little Women" é uma adaptação belíssima, sincera e digna. A diretora Greta Gerwig nos consegue transportar para um século mágico, aonde tudo era mais simples e belo. Parece que estamos folheando um livro em forma cinematográfica. Uma história que nossos sonhos podem se tornar realidade, basta nossa determinação e superação de obstáculos.
O elenco aqui é bastante estelar, todos têm o seu tempo de tela e de brilhar. Cada atriz faz sua personagem e interpretações singulares e marcantes. Olha o nível deste elenco: Meryl Streep, Saoirse Ronan, Florence Pugh, Emma Watson, Eliza Scanlen, Laura Dern, Timothée Chalamet.
Cada mulher aqui tem o seu desejo de futuro: de casar, de ter um bom futuro profissional, etc. Mas, tudo mostrado com delicadeza e de uma forma fantástica, pelo roteiro e pelas interpretações das mesmas. "Little Women" é um drama complexo e cheio de emoção com muito a dizer sobre ser você mesmo, ser mulher, amor, solidão, paixão e outras emoções da condição humana.
-
Spike Lee retornou naquilo que sabe fazer de melhor, a panfletagem ácida, que toca na ferida e que é realmente necessária. Uma produção blockbuster, que nos fazem refletir, colocar a mão na consciência e não repetir mais essas ideias, e batalhar a cada dia para finalizar o racismo estrutural que ainda impera. O diretor mistura vários elementos cinematográficos para relatar essa luta racial, que faz um paralelo entre o ontem e o hoje, mistura gêneros para nos alertar e conscientizar.
Baseado no livro de Ron Stallworth (Interpretado pelo John David Washington, filho de Denzel Washington), o filme narra a sua experiência como o primeiro detetive negro da polícia de Colorado Springs, nos anos 70. Com a ajuda de seu parceiro branco e judeu, Flip Zimmerman (Interpretado pelo Adam Driver), que se passa por ele nos encontros presenciais com a Klan, Ron consegue enganar os membros do grupo, inclusive o líder nacional, David Duke (interpretado pelo Topher Grace), e impedir alguns de seus ataques terroristas e boicotar os seus crimes de ódio.
Um negro e um judeu infiltrados na KKK para tentar implodir essa organização maníaca e supremacista. Ron passa por todo tipo de preconceito, no seu local de trabalho e alguns obstáculos na vida pessoal, mas mantém o foco na investigação e não desiste em prender alguns canalhas. O filme tem varia entre tons de humor e romance, pois Ron apaixona por uma ativista dos Panteras Negras, aonde também ocorre grandes cenas. Outro ponto forte e marcante do filme, é o paralelo da Iniciação dos KKK, junto com o relato de um negro dentro da base dos Panteras Negras, todo o seu testemunho triste que presenciou de racismo na década de 1910. Esses diálogos ainda estão na minha memória.
E essa parte, me sinaliza o poder que o Cinema possui. Obras cinematográficas estão aí para nos moldar, nos alertar e entreter. Pois os supremacistas usaram o filme "O Nascimento de Uma Nação" como controle político, e pensam que tudo o que foi relatado seja real e usam como verdade absoluta. Já a comunidade negra usa a arte para se libertar, denunciar e contar sua parte da história, pois o filme usa vários elementos do blaxploitation como referências, e digo que foram as partes mais legais e mais leves do filme.
E no final do filme, tem cenas reais relatadas, que nos mostram que o ódio separatista não é uma guerra vencida, que essas ideias sempre voltam, e precisamos estar firmes para que essas ideias não retornam.
Últimos recados
-
Fê Cintra
Obrigada!
-
Fê Cintra
Gostei da sua capa e dos seus comentários! Obrigada por me aceitar, assim posso conhecer obras novas.
-
Goremaster
Sou eu mesmo. Reconheci o seu pedido de amizade lá e já aceitei.
É só o menino, o balão e um sonho
Uma obra fantástica e singela sobre um menino e uma amizade (?) com um balão. Sim, pois, o Balão Vermelho se transforma num personagem neste curta-metragem, persegue o menino, se apaixona por um balão de outra cor, e sofre bullying de uma garotada malvada.
Um balão trazendo a alegria e a beleza da vida para um menino numa Paris cinzenta no Pós-Guerra. Além das cores dos balões, temos também a linda trilha sonora para aliviar a produção. Simplesmente mágico e encantador. Levou uma merecida Palma de Ouro em Cannes como melhor curta-metragem.